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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Primeiro estudo brasileiro sobre o transtorno da conduta mostra uma prevalência de 30% desta condição entre adolescentes




O primeiro estudo realizado no Brasil sobre a prevalência1 do transtorno da conduta - desordem psicológica que vai desde mentir e matar aula até brigar com uso de armas e praticar assaltos - foi publicado na edição de setembro da revista Cadernos de Saúde Pública.

Foram entrevistados 1.145 adolescentes de 11 a 15 anos moradores de Pelotas (RS) para investigação da presença de seis comportamentos: ter freqüentemente passado a noite na rua, sem autorização dos pais; ter freqüentemente mentido ou enganado os outros; ter roubado alguma coisa; ter ameaçado bater em outras pessoas; ter destruído coisas de propósito; e ter machucado animais ou pessoas de propósito. Os resultados mostram que três em cada dez adolescentes apresentam dois ou mais dos comportamentos avaliados.

A prevalência1 de 30% para transtorno da conduta entre os adolescentes de Pelotas é similar à observada no Peru e muito superior à verificada no Canadá - neste país, a prevalência1 é de 5,5%. Essas diferenças nos valores provavelmente são decorrentes da divergência de instrumentos utilizados nas coletas de dados e nas diferenças socioeconômicas e culturais dos locais investigados, segundo a pesquisadora Ana Laura Sica Cruzeiro e co-autores no artigo.

Os pesquisadores também constataram que esse transtorno é mais freqüente entre os meninos de classes socioeconômicas mais baixas, entre jovens que sofreram bullying, isto é, “todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivações evidentes, dentro de uma relação desigual de poder, causando dor, angústia e humilhação” e entre aqueles que usaram bebidas alcoólicas ou drogas no mês anterior à entrevista.


Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

NEWS.MED.BR, 2008. Primeiro estudo brasileiro sobre o transtorno da conduta mostra uma prevalência de 30% desta condição entre adolescentes. Disponível em: . Acesso em: 2 dez. 2011