Pensemos primeiramente na
palavra “depressão”. Depressão significa aquilo que cai, aquilo que é o signo
oposto do que se eleva. Ex.: depressão
do Ebro.
Todos nós, seres humanos
passamos por altos e baixos em nossas vidas de maneira que nem sempre podemos
falar que estamos somente bem.
Como sair de um emprego. Por
um momento ficamos deprimidos pelo motivo real, mas logo percebemos
novas perspectivas e oportunidades, como uma recolocação profissional.
O que difere a depressão
patologia de alguma vivência depressiva é que enquanto doença esta apresenta um
rebaixamento de um dos neurotransmissores fundamentais do humor, que é a Serotonina.
Ele é tão importante que o
rebaixamento deste produto químico cerebral resulta no aparecimento de alguns sintomas:
insônia, inquietação, irritabilidade
(principalmente ao amanhecer), perda do apetite sexual, sensação de morte,
visão pessimista do futuro, sentimentos de culpa, ansiedade, dificuldade de
concentração, ideias de morte ou desejo velado de suicídio, inapetência ou fome
exagerada e, consequentemente, perda ou aumento de peso, distúrbios
gastrointestinais, medos generalizados, e, o mais importante, a tristeza
severa.
Tipicamente percebemos
este rebaixamento não necessariamente quando estamos acometidos pela doença Depressão.
Tal é como quando ingerimos bebidas alcóolicas onde percebemos alguns sintomas
típicos da depressão, só que este estado depressivo neuroqímico se mostra momentaneamente.
Ocorre assim: antes de
bebermos, nosso cérebro diariamente apresenta um número “x” de
neurotransmissores, portanto estamos emocionalmente lineares. Trabalhamos,
estudamos, estamos ativos e com o humor equilibrado. Após a ingestão de bebida alcóolica
este número “x” de Serotonina diária é elevado, pois a bebida faz que sintamos euforia
e automaticamente uma grande sensação de prazer e bem-estar. Lógico, bem maior
do que quando não ocorre a ingestão de tais drogas.
No outro dia, devido à
descarga elevada da Serotonina do dia anterior, nos sentimos aparentemente
fracos fisicamente, tal se faz em função da alta descarga deste
neurotransmissor e a posterior diminuição por ter excedido o seu uso. Percebemos
que demora certo tempo para nos equilibrarmos normalmente o que chamamos
convencionalmente de ressaca.
Após um tempo e com uma
alimentação e repouso adequados o cérebro repõe as serotoninas, então novamente
equilibrados cerebralmente e quimicamente repostos ocorre a reposição e a
linearidade serotoninérgica.
Imagine agora você com
esta sensação de desânimo da ressaca duplamente mais eficaz/ elevada, e por um
período maior. Esta é a sensação de quem sofre de depressão.
Engana-se quem pensa que
está livre de sofrer deste mal. A depressão provém de uma disfunção cerebral
causada seja pela genética, seja por alguma circunstância de nossa vida em que
nos sentimos depressivos ou “depreciados”.
Há
que se entender e diferenciar o que é uma vivência que causa prejuízo emocional
proveniente de uma situação circunstancial e do que é de algo prolongado e
caracterizado como patologia.
A
depressão é uma doença que prejudica a vida emocional do indivíduo, seu corpo e
seu pensamento. Ela desempenha altos prejuízos tanto na vida pessoal quanto na
profissional, social e conjugal.
O
tempo da depressão não existe, podendo perdurar em anos ou meses dependendo do
grau da doença afetada e da busca pela ajuda.
Esta
ajuda se faz seja por meio de atendimento psicológico, seja por meio de uma
ajuda médica, dependendo do caso. Mas sabe- se que quanto mais cedo o
tratamento iniciar, menos tempo o sofrimento perdurará, e melhor será o
prognóstico. Além disto, o recomendado é a ajuda Inter profissional, ou seja, a
mescla da ajuda tanto medicamentosa quanto psicológica.
Em
muitos casos a ajuda de um nutricionista também se torna eficaz.
Quando buscar ajuda?
O
aconselhável é que não passando os sintomas no período de três semanas, a
pessoa e seus conhecidos deverão buscar ajuda e informação de por intermédio de
profissionais preparados.
Os
tipos de depressão deverão ser diagnosticados pelos profissionais competentes
para tal.
Existem
variados tipos tais como a Distmia e a Depressão maior.
A
Distimia nada mais é que quando o
humor da pessoa manifesta-se oscilante, porém não tão severa, o individuo
consegue encarar as obrigações do dia-a-dia comumente.
Já
a Depressão maior, podemos assim
dizer como sendo oposta à Distimia, pois além de ser caracterizada por todos os
sintomas, o sujeito encontra-se debilitado e poderá ser recomendada uma
internação, pois por ser mais severa, o sujeito encontra-se em um extremo abandono de si e alguns comportamentos como não cuidar de sua higiene
pessoal e ideações suicidas serem frequentes.
Atento
para a possibilidade de internação quando não há por perto uma estrutura familiar
e profissional adequada, e que nem todo individuo acometido pela Depressão
deverá ser internado.
O que fazer?
A ajuda e o guia de um profissional é de suma
importância para os passos seguintes.
Se há intervenção medicamentosa ter a habilidade da
espera, já que comumente os antidepressivos demoram um tempo para surtir efeito
no organismo. Dependendo, na primeira semana de uso não haverá resultado quase
que algum.
Segundo: estes medicamentos não podem ser usados com
bebidas alcóolicas ou outras drogas que causam efeito na consciência.
Importante
salientar que todo tratamento haverá de ter começo, meio e fim. Parar ou
ausentar o tratamento perderá todos os esforços passados.
Exercícios
físicos são grandes beneficiadores do corpo e da mente. Não necessariamente
deverá ser uma academia, poderá ser uma caminhada leve. Toda atividade física
não traz somente recursos ao externo, mas cria o aumento de Serotonina no
cérebro, o que libera a mensagem em nosso organismo de prazer e satisfação.
No
momento dos recursos desenvolvidos na cura de quaisquer patologias mentais,
decisões importantes não deverão ser tomadas, tais como separação, mudança de
carreira, ou qualquer decisão decidida naquele momento que acarretará benefícios ou malefícios em longo prazo.
Lembre-se
toda decisão há com ela consequências que podem ser evitadas quando se está
enfermo.
O
doente seja físico ou mental está frágil e precisará repensar atitudes e
pensamentos sobre si e sobre o outro.
Não julguemos. O paciente que nele há um quadro
depressivo não é fraco, já que as impossibilidades da vida ocorrem para todos
só que em graus distintos. Saber lidar com as diferenças, em especial das
dificuldades que cada um apresenta ao longo da vida é uma grande sabedoria que
deverá ser desenvolvida ao longo de nossa vida e fazendo-nos utilizarmos da maturidade
emocional.
Percebo não somente no meu meio social, mas também
na minha prática clínica é que a maioria das pessoas que são sustentadas por um
quadro depressivo é um alguém cujas
regras que desempenham em sua vida são prejudiciais a si.
O que tento explicitar em minhas palavras é: a
pessoa que sujeitou- se a realizar os
desejos de outrem normalmente dizem NÃO a si mesmos.
A pessoa que se acostuma o só dizer sim para o outro, consciente ou inconscientemente
tente a querer receber em troca o sim do
outro, e quando isto não acontece, a pessoa se frustra e acaba por adoecer.
Lembro que a depressão vem com uma sinalização de “estou cansado da vida e das pessoas”.
Saber lidar com o amor que damos e recebemos é um
passo importante e comum a todos que querem ser felizes.
O amor vem de dentro, deve ser oferecido sem esperas de recompensa. O amor dado
ao outro não poderá ser sentido por este outro. Só a pessoa que dá pode senti-lo. E isto ocorre é com todos!
Nessa mesma linha de raciocínio podemos concluir que
“o que é do outro é do outro e não meu”.
Se eu deposito amor ou ódio por alguém este
sentimento restringirá ao meu sentir, não ao sentir do outro.
O permanente são atitudes e concretizações. Os
sentimentos por sê- los abstratos, não poderão ser sentidos a quem damos, mas
somente nós mesmos sentiremos.
A desesperança
acontece no momento em que depositamos “nossas fichas” no outro, o que não está
correto, pois a autonomia é necessária a qualquer ser humano. O viver está
baseado na liberdade de decidir, e toda decisão, a consequência surgirá.
A consciência
de si e o entendimento da vida são baseados no conhecimento do que fazemos
e do que fizemos, da onde viemos e do que queremos. Quando tais aspectos
encontram-se deturbados é a hora de repensar valores e sentimentos.
Em
resumo, a depressão é o que cai. Então para não cair, eleve-se! Mantenha
o hábito de sorrir e pensar em coisas positivas e que te fazem melhor, mais
feliz, mais pleno. Buscar fontes de alegria e esquecer-se de uma vida cinza.
Compreendo
perfeitamente que a pessoa deprimida não consegue no auge da sua “depreciação” pensar em sorrisos, risos,
pois no fundo sente- se não merecedora destas situações de alegria.
Um
bom começo é relembrar do que em algum momento da tua vida te fazia sorrir.
Outra maneira de perceber a felicidade de viver é começar a observar os sorrisos à sua volta e as pessoas que nem mesmo você conhece e que passam por você, tentar entender o motivo de quem você vê na rua sorrindo.
Muitas vezes pensamos que não há momento para alegria e felicidade, mas todos nós temos a certeza da felicidade, daquela que já encontramos e esquecemos por aí, ou daquela que ainda não resgatamos, mas que pertence a nós e está perambulando em algum lugar do planeta.
Outra maneira de perceber a felicidade de viver é começar a observar os sorrisos à sua volta e as pessoas que nem mesmo você conhece e que passam por você, tentar entender o motivo de quem você vê na rua sorrindo.
Muitas vezes pensamos que não há momento para alegria e felicidade, mas todos nós temos a certeza da felicidade, daquela que já encontramos e esquecemos por aí, ou daquela que ainda não resgatamos, mas que pertence a nós e está perambulando em algum lugar do planeta.
Retome-a
ou conquiste-a. Ela existe, basta você saber como trilhar o caminho do pote do
ouro!