
A estimativa é que uma em cada 88 crianças tem o transtorno do espectro autista (TEA), segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDCs, na sigla em inglês). O termo “espectro” significa que há vários graus do distúrbio, mas todos compreendem, em menor ou maior intensidade, os seguintes sintomas: profunda ausência de habilidades sociais, baixa capacidade de comunicação e comportamentos repetitivos, apatia, aparente surdez, ausência de expressões faciais de afeto. Independentemente da gravidade da manifestação, há problemas de interação social.

A boa notícia é que as chances de melhora dos sintomas são significativas quando o diagnóstico é feito até os primeiros dois anos de vida. Nesta fase, considerada por muitos especialistas em desenvolvimento infantil um divisor de águas, ocorre uma mudança considerável nas habilidades de intuição social e na aquisição de linguagem. Psicanalistas especializados em crianças e adolescentes têm estudado formas de estimular o autista de forma adequada. Estudos recentes têm mostrado que abordagens que utilizam o “manhês” – linguagem caracterizada por entonações de voz e ritmos específicos que adultos usam instintivamente ao se dirigir aos filhos pequenos – e expressões faciais exageradas podem ser eficazes para tentar inserir a criança no universo da expressão verbal.
Mesmo em casos em que os sintomas são mais intensos, possivelmente associados a causas neurobiológicas, o atendimento psicanalítico precoce e contínuo pode contribuir para o desenvolvimento psíquico – o profissional pode ajudar os pais a entender o transtorno, apontando caminhos para lidarem com as culpas, frustração das expectativas, angústias e dores. Enfim, mostrar-lhes a real possibilidade de se tornarem aliados no desenvolvimento da criança.
- Usa as pessoas como ferramenta, isto é, aponta objetos para que as pessoas peguem para eles sem manifestarem esforço para faze-lo.
- Resiste a mudanças de rotina.
- Isola-se e não se mistura a outras crianças.
- Não mantêm contato visual com outra pessoa.
- Age como se fosse surdo, não atendendo a chamados.
- Resiste ao aprendizado.
- Apresenta apego a determinados objetos.
- Não apresenta medo de perigos.
- Gira objetos de maneira estranho e peculiar.
- Apresenta risos e movimentos com relação a nada.
- Resiste extremamente ao contato físico.
- Acentuada hiperatividade física.
- Às vezes torna-se agressivo, destrói objetos, ataca e fere pessoas aparentemente sem motivo.
- Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou ficar balançando-se.
- Apresenta comportamento indiferente e arredio.
- Cheira ou lambe os brinquedos.
Fontes: Mente e Cérebro e Fio Cruz ( http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/autismo.htm )