Nos dias atuais, a maioria das pessoas passa a maior parte de seu tempo no ambiente de trabalho; nesse local estão presentes inúmeros fatores que podem afetar o bem-estar físico e psicológico das pessoas ali presentes. Como sabemos, o trabalho é uma das fontes de satisfação de diversas necessidades humanas, como auto-realização, manutenção de relações interpessoais e sobrevivência. Porém, pode ser fonte de adoecimento quando contém fatores de risco para a saúde do trabalhador.
O desgaste emocional a que as pessoas são submetidas nas relações com o trabalho é um fator muito significativo que afeta a saúde do trabalhador trazendo como consequência transtornos físicos e psicossociais, como depressões, ansiedade patológica, pânico, fobias e doenças psicossomáticas. Diante deste quadro, passou a haver uma preocupação com a qualidade de vida no trabalho como forma de minimizar os efeitos negativos que o estresse causa aos indivíduos e às organizações.

Pesquisas realizadas na Austrália, África do Sul, Estados Unidos, entre outros países, têm mostrado os benefícios da interação entre homem e animal. Os pesquisadores Johannes Odendaal e Susan Lehmann realizaram um estudo publicado no Journal of the American Association of Human-Animal Bond Veterinarian, concluindo que, após 15 minutos de interação entre homem e cão, ocorrem mudanças hormonais benéficas envolvendo endorfinas beta, phenilatalamina, prolactina, dopamina e oxitocina, entre outros hormônios. A liberação dessas substâncias contribui não só para o aumento da satisfação das pessoas, mas também diminui o cortisol – hormônio do estresse. Além disso, o convívio com um animal, ativa um neurotransmissor que libera a serotonina, uma substância sedativa e calmante, melhorando o humor, o estado de espírito, a disposição, além de contribuir para que a pessoa se torne mais centrada e ativa.

Ter um mascote na organização ainda é uma prática informal, mas tende a fazer parte da cultura de algumas empresas, pois vem conquistando cada vez mais adeptos, visto os benefícios que proporciona.
Glaucielle Oliveira, Psicóloga
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. DOTTI, Jerson. Terapia & Animais: Atividade e Terapia Assistida por Animais – A/TAA – Práticas para Organizações, Profissionais e Voluntários. São Paulo: PC Editorial, 2005.
Disponível em: http://www.sjbonline.com.br/opiniao/animais-como-mecanismo-de-reducao-do-estresse-no-trabalho